quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Resenha sobre o artigo

Alcmeno bastos, em seu artigo: Alencar e o índio de seu tempo, aborda o suposto desenteresse de José de Alencar sobre os índios da sua época, século XIX, e seu silêncio em relação aos vários debates da que ocorreram na época, a repeito das poucas nações indígenas existentes.
Bastos começa seu artigo apresentando os três livros indianistas de Alencar: Ubirajara(1874), O Guarani(1857), e Iracema(1865); por serem indianistas o foco principal são os índios, personagem nitidamente idealizado por Alencar. Bastos chama a atenção para a desordem cronológica dos livros: Ubirajara, por ser uma narrativa baseada num periódo em que os índios ainda não haviam tido contato com os europeus, deveria ser publicado primeiro, na sequencia Iracema e depois O Guarani. Porém ocorreu o contrário, Ubirajara foi o ultimo a ser publicado, o primeiro foi O Guarani que, segundo Bastos, o próprio Alencar caracteriza como não propriamente indianista. 
Outro ponto que Alcmeno destaca, são as caracteristicas dada aos índios nos livros de Alencar: todas as histórias são baseadas nas nações indigenas dos séculos XVI, XVII, em que as nações eram numerosas, gloriosas, e os índios eram como os cavaleiros medievais da literatura romancista da Europa, fortes bonitos, honrosos e justos. Os índio de Alencar era um idealismo estético perfeito.
Alcmeno menciona que ouve vários debates no séc. XIX sobre a condição dos índios na época, pessoas que defendiam o repeito aos índios, e pessoas que não abriam mão de civiliza-los, mesmo que fosse pela violência. Alencar não foi a nenhum deles, não se manifestou. Isso gerou um incomodo na época e um certo "mistério" hoje, pois Alencar era um indianista que clamava os índios em seus livros, mas ignorava-os na realidade, o que hoje aparenta ser um desenteresse.
Alcmeno Bastos afirma que o melhor modo de Alencar se manifestar a respeito dos debates, era através das suas narrativas. O interesse de Alencar era "poetizar" os índios, e os índios dos séculos passados era o modelo de idealismo que Alencar queria; o índio conteporâneo do séc.XIX, na fala de Bastos, eram os restos lamentáveis de um passado glorioso; e isso não atraia Alencar. O objetivo dele, ainda na fala de Bastos, era fazer do índio participante do processo de formação de brasilidade, no papel sacrificial, então era mais prudente trazer em primeiro plano não o índio conteporâneo, mas o índio glorioso dos primeiros tempos.
O artigo de Bastos é de uma linguagem muito clara e detalhada; e a escolha do tema foi inteligente, ele conectou o autor, o objeto de estudo do autor e as relações da época. É recomendável a leitura desse artigo.

5 comentários:

  1. Resenha clara e concisa, porém a síntese, a análise e a avaliação crítica não estão mescladas ao longo do texto, elas se encontram no final do texto. A leitura da resenha contribui para decisão do leitor de ler ou não o artigo.

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  2. O texto da Senhorita Fátima está claro e conciso, presenta análise e síntese das ideias do autor do artigo resenhado e na minha opinião, o comentário critico conclusivo do texto chama atenção à leitura do artigo que foi usado como base da resenha.

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  3. Gostei muito do texto, leve e interessante pois mesmo que sua opinião esteja no final, o assunto tratado no artigo já é muito interessante.

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  4. Maria de Fátima,

    Sua resenha está mediana. Há alguns problemas na construção do texto, como:

    1. Presença de muitas inadequações em relação à norma culta (pontuação, ortografia, acentuação, concordância, etc), como em "Outro ponto que Alcmeno destaca, são as caracteristicas dada aos índios nos livros de Alencar" e em "Alcmeno menciona que ouve vários debates no séc. XIX sobre a condição dos índios na época, pessoas que defendiam o repeito aos índios, e pessoas que não abriam mão de civiliza-los, mesmo que fosse pela violência."

    2. Não estão claros os objetivos e as conclusões do texto resenhado.

    3. Não se observam análises críticas no decorrer do texto, somente no último parágrafo.

    Em um novo post, reescreva a resenha corrigindo os problemas apontados.

    NOTA: 6,5

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